Depois de um polêmico post, em que pessoas acharam sem fundamento algum, aqui estou.
Acabei de preparar um nescafé amargo (travoso e sem açúcar) para deleitar-me com minha leitura na rede da sala, sei que sentirei saudade dela, menina maior do que eu, jovial e de ar puro, acabei por gostar de seus medos, de suas interrogações, de seus amigos (desconhecidos) e excêntricos, de seu animal de estimação.Ouvindo os sons da vida, corro para pegar um fone, não suporto tema de abertura de novelas, nem sons de ferramenta danificando eletrônico, tampouco música de fundo em redes de vídeos.
Eu sou meio solitária, por gostar de ser, acesso todos os dias, não consigo me ausentar por querer, me acompanho das palavras que leio, das pesquisas, dos filmes, das notícias, não me ocupo com pessoas, são fascinantes mas elas tomam pouco de meu tempo.
Estava a ler em uma revista cultural do meu estado que dizia: " Cristão que é cristão não fala no Diabo. " Mas que diabos isso quer dizer? Temor? Mas que raios de crenças que não se pode falar no inimigo? (Risos desagradáveis). As pessoas não conseguem fazer silêncio, mas pra que serve uma casa então? Se o lar é para a paz e descanso da nação. Estou um pouco perturbada, não consigo me concentrar com esse tic-tic de teclas quando estou a digitar, até isso incomoda.Rindo freneticamente com pessoas na rede social azul, elas são loucas, elas dizem tudo que fazem todo o tempo, elas dizem onde estão todo o tempo também, elas abusam das opções de atualizar sobre si mesmas, percebo por mim que é um vício tremendo. O engraçado é que tem gente que só me interessa se adoece, se muda de casa, se engravida, ou qualquer outro assunto urgente, e não me interessa se tá comendo pastel com suco de goiaba, ou se rasgou a roupa no ônibus....Êta, pessoas engraçadas.Falando assim parece que acho que as pessoas se importam se espirro ou se tá fazendo sol no meu quintal, até que não me importa que leiam, curtam ou compartilhem minha vida, eu atualizo a mim mesma, eu atualizo para matar saudade quando ler, atualizo pra rir e levantar bandeiras.Apenas me atualizo.Acordei pela manhã achando tudo diferente, achando que estava atrasada, que tinha que correr, pra quê? Não sei pra onde eu ia, nem com quem, mas eu senti formigamento nas pernas, uma vontade de engolir um pão de queijo queimando os dedos e seguir com o gole de café nas bochechas, mas nem isso me permiti fazer, corri e corri, pingos molhavam meu óculos escuro, sim, usei óculos na chuva, não pintei os olhos, não uniformizei a face, não podia sair daquela maneira.A mochila nem pesava, minha roupa amarrotada, uma chinela ainda encaixava-se nos dedos, uma senhora me chamando pra engolir qualquer coisa, a criança e sua tia não me acompanharam até a rua seguinte, recebi saudações alheias mesmo sem subir nas calçadas, apenas corria, eu tinha um destino, com tempo cronometrado pelo visto.Cheguei em minhas terras conhecidas, senti-me bem com a familiaridade, mesmo com rostos estranhos e outros carrancudos pela manhã, avistei um amigo, o mais amado de todos, um encontro gostoso sem ser marcado, brindamos com fogo e brilho no olho.Adormeci no período da tarde, acordei com uma voz infantil, parecia ter dormido por longas horas, mas o relógio não mentiu os minutos, descansei o corpo exausto da corrida. Mais um dia que começou meia-noite.FIM.
Não costumo escrever sobre mim, soa esquisito exposições.
Beijo ;*
Um comentário:
Deveria haver mais postagens assim por aqui, moça.
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