4 de setembro de 2015

Naufrágio humano...



I.
Meu fetiche não é tão incomum, vivo tentando fotografar pessoas aleatórias caminhando, suas costas , traseiros  rebolando (sqn kkk), pernas torneadas, pés que flutuam e expressões de ação e movimento, quem nunca achou sexy seguir alguém? Bizarro eu diria, mas os corpos inquietos me chamam mais atenção que os parados, em poses sem sal e sem açúcar, que tentam sorrir a força e editar trocentas vezes depois, prefiro a espontaneidade do momento, talvez por isso e mais não me tornei fotógrafa de moda e afins.  Assim pessoas andam pelas ruas chamando atenção para si com seus pertences, suas belezas compradas em shopping,calçando seus melhores tênis com suas melhores bolsas e óculos de sol ou roupas elegantes de frio no calor da cidade, pois a beleza tem lá seus sacrifícios. (tsc tsc)

II.
As pessoas tentam parecer legais, agradáveis e interessantes, lendo seus guias de auto-ajuda e romances de quinta, quem nunca o fez não peca pela super valorização de literaturas imbecis famosas, etiquetas vermelhas em livros baratos nas prateleiras em promoções nas americanas, e aí o ser se acha COOL, às vezes é o melhor que alguém consegue fazer, comprar um livro qualquer e aleatório pra dizer que ama leitura e blá blá, acontece nas melhores e piores família.

III.
Sobre toda a imbecilidade humana que já presenciei e observei, estamos em crise, crise existencial, como se algumas partes do mundo não quisessem mais existir e se destruíssem todos os dias, ou seja, as pessoas fazem isso com seus países, suas cidades abandonadas, seus bairros  infernais com ladrões de vidas nas esquinas escondidos em lugares estratégicos, parece mais imbecilidade ainda achar que o mundo quer se acabar, mas as pessoas querem que ele acabe, não como no ano 2000 e sim gradativamente, é uma forma errônea de se achar poderoso, pois se o ser é capaz de destruir um mundo, ele é capaz de tudo, essa é a maior resposta que tenho quando me pergunto sobre a degradação humana, penso que o ego humano leva a soberba, dê tudo aos seres, mas não os dê poder.

E toda a violência do noticiário não é maior que a destruição devastadora de nossos ecossistemas.
Todas as estatísticas diárias só me levam a crer que a humanidade acabou faz muitos anos.

Beijos de paz.
Roberta Sâmya.


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